Por que a segurança da informação deve estar na pauta de toda empresa

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Profissional analisando informações em laptop diante de painéis digitais, representando monitoramento e segurança da informação em ambiente corporativo.

A segurança da informação deixou de ser um tema restrito às equipes de TI e passou a ocupar um espaço estratégico dentro das empresas. Em um cenário em que processos são digitais, dados circulam em múltiplos dispositivos e o trabalho remoto se tornou rotina, proteger informações corporativas é uma necessidade urgente — não uma tendência. 

No Brasil, o número de ataques cibernéticos e vazamentos cresce todos os anos, o que coloca empresas de todos os tamanhos sob riscos significativos. Segurança não é mais um diferencial: é uma obrigação para garantir continuidade, credibilidade e performance operacional. 

Neste artigo, você vai entender por que a segurança da informação deve estar na pauta de toda empresa, quais riscos estão em crescimento e como iniciar essa jornada com fundamentos sólidos. 

O que é segurança da informação e por que ela é tão estratégica?

A segurança da informação reúne políticas, práticas e tecnologias que asseguram três pilares fundamentais: 

  • Confidencialidade (acesso apenas a quem deve ter) 
  • Integridade (dados corretos, sem alterações indevidas) 
  • Disponibilidade (informações acessíveis quando necessário) 

Com a expansão da mobilidade corporativa e do trabalho remoto, a gestão segura de smartphones, tablets e aplicativos corporativos se tornou um componente crítico dessa estratégia. 

Segundo dados publicados pela CISO Advisor, o Brasil vive um aumento consistente de casos de vazamento de dados, refletindo a urgência por práticas mais robustas de proteção. 

Os riscos que ameaçam empresas de todos os portes que não tem segurança

Equipe analisando sistemas em um data center, ilustrando práticas de segurança da informação e governança de TI.
Team of engineers working together supervising server rows in computer network security data center. Multiethnic colleagues overseeing supercomputers providing memory resources for workloads

Vazamento de dados

O vazamento de dados é um dos incidentes mais críticos que uma empresa pode enfrentar — não apenas pelo impacto financeiro, mas pelo dano à reputação e pela perda de confiança de clientes, colaboradores e parceiros. 

No Brasil, casos de vazamento se tornaram recorrentes. De acordo com a CISO Advisor, o país registrou crescimento de 30% em incidentes do tipo, afetando organizações de todos os portes. 

A CISO Advisor destaca que o país segue entre os mais atacados do mundo, reforçando o impacto desse cenário. 

O vazamento também pode ocorrer por elementos simples do dia a dia, como: 

  • envio incorreto de arquivos, 
  • dispositivos perdidos ou roubados, 
  • compartilhamento inadequado em apps não autorizados, 
  • acesso a redes públicas sem proteção, 
  • falta de controle sobre quem pode visualizar determinadas informações. 

Por isso, a segurança da informação deve ser encarada como uma camada estratégica: prevenir vazamentos significa garantir que todos os dados — corporativos, financeiros, pessoais, operacionais — circulem de forma segura e controlada, independentemente da área de negócio.

Dispositivos móveis sem governança 

Os dispositivos móveis se tornaram parte essencial da operação de qualquer empresa moderna. Eles conectam motoristas às entregas, vendedores aos clientes, equipes de campo às tarefas, gestores aos relatórios e lideranças às informações estratégicas. 

Mas quanto maior essa dependência, maior também o risco quando faltam políticas de governança. 

O portal Mobile Time mostra que o volume de linhas móveis ativas no Brasil ultrapassa 250 milhões — muitas delas corporativas. 

Mas sem políticas claras de controle, esses dispositivos se tornam pontos de risco, permitindo: 

  • instalação de apps não autorizados, 
  • acesso a redes inseguras, 
  • perda ou roubo, 
  • compartilhamento indevido de informações, 
  • uso indevido fora do horário comercial. 

Ou seja, dispositivos móveis sem governança representam uma das maiores superfícies de ataque do ambiente corporativo — e uma das menos observadas, especialmente em empresas em fase inicial de maturidade digital.

Aumento dos ataques impulsionado pelo trabalho remoto 

O modelo híbrido e remoto ampliou drasticamente o número de pontos de acesso externos à rede da empresa. Onde antes os sistemas estavam protegidos sob o perímetro físico da organização, agora eles se espalham por: 

  • casas, 
  • cafeterias, 
  • coworkings, 
  • redes públicas, 
  • dispositivos pessoais, 
  • conexões móveis. 

Essa “descentralização” abre portas para ameaças mais sofisticadas e silenciosas. A Computerworld destaca que os ataques cresceram expressivamente à medida que o trabalho remoto se consolidou no Brasil. 

O desafio aumenta quando diferentes tipos de dispositivos — corporativos, pessoais (BYOD), compartilhados ou dedicados — entram na rotina dos times, muitas vezes sem uma política clara por trás. 

A segurança da informação precisa acompanhar esse novo cenário distribuído, garantindo visibilidade e controle independentemente do local de acesso. 

Ameaças internas e erros humanos 

Um dos equívocos mais comuns sobre segurança da informação é acreditar que os ataques vêm sempre de agentes externos. Na prática, estudos mostram que uma grande porcentagem dos incidentes se deve a erros de colaboradores — intencionais ou, na maioria das vezes, acidentais. 

O Canaltech reforça que funcionários são responsáveis por muitos dos incidentes corporativos, especialmente quando não há cultura de conscientização. 

É por isso que a segurança da informação vai muito além da tecnologia: envolve educação, responsabilidade e cultura organizacional

Pressões regulatórias, como a LGPD  

Desde a entrada em vigor da LGPD, empresas passaram a ter uma responsabilidade formal sobre como coletam, tratam, armazenam, compartilham e protegem dados pessoais. Isso coloca a segurança da informação em outro patamar: o da obrigatoriedade jurídica. 

E não se trata apenas de evitar penalidades, mas de garantir práticas de governança adequadas. Para empresas que utilizam ativos móveis — como smartphones, coletores, tablets e POS — o risco é ainda maior, porque esses dispositivos transitam, circulam e se conectam a ambientes variados, exigindo camadas adicionais de controle. 

Por que a segurança da informação deve estar na pauta de toda empresa

A segurança da informação precisa estar na pauta das empresas porque os dados se tornaram parte essencial da operação. Com processos cada vez mais digitais e dispositivos conectados em todos os níveis do negócio, qualquer falha pode gerar interrupções, prejuízos e danos à reputação. 

Além disso, a LGPD aumentou a responsabilidade sobre o tratamento das informações, tornando a segurança um requisito legal. Empresas que adotam práticas de proteção não apenas reduzem riscos, mas também ganham previsibilidade, confiança e capacidade de crescer de forma sustentável. 

Em um cenário de ameaças crescentes e mobilidade intensa, tratar segurança como prioridade é proteger o negócio, as pessoas e o futuro da organização. Segurança deixou de ser um tema técnico — tornou-se um tema estratégico. 

Como iniciar a jornada de segurança da informação 

Iniciar a jornada de segurança da informação não exige, necessariamente, grandes investimentos ou mudanças drásticas. O primeiro passo é estruturar uma base mínima de governança, capaz de reduzir riscos imediatos e criar uma cultura de proteção contínua. Para muitas empresas, especialmente as que estão amadurecendo seus processos digitais, o maior desafio é saber por onde começar. 

A seguir, estão os pilares essenciais para iniciar essa jornada com consistência: 

1º Estabeleça políticas claras de uso e acesso 

As políticas são o alicerce da segurança. Elas definem como os dados devem ser protegidos, quais acessos são permitidos, quais práticas não são aceitáveis e como os dispositivos — próprios ou corporativos — podem ser utilizados. Mesmo regras simples, como padrões de senha, restrições de aplicativos e orientações sobre redes Wi-Fi, já reduzem riscos significativos. 
Quando todos sabem o que é permitido e o que representa risco, a empresa cria uma camada inicial de proteção que não depende apenas da tecnologia.

2º Invista na educação dos colaboradores

A maioria dos incidentes ocorre por desconhecimento. Um clique em um link suspeito, o envio de um arquivo para o destino errado, o uso de apps não autorizados… 
Por isso, a educação é indispensável. Treinamentos rápidos e contínuos ajudam colaboradores a reconhecer riscos, adotar boas práticas e entender seu papel na proteção do negócio. 
Segurança da informação é, antes de tudo, comportamento.

3º Centralize a gestão dos dispositivos móveis

Com a mobilidade corporativa crescendo, dispositivos como smartphones, tablets e coletores se tornaram pontos críticos de acesso. Gerenciá-los individualmente não é viável. Centralizar políticas por meio de uma solução de MDM permite aplicar configurações de segurança, restringir funcionalidades, controlar instalações de aplicativos, monitorar uso e agir rapidamente em caso de perda, roubo ou comportamento suspeito. 
Essa centralização reduz o esforço operacional e amplia o nível de proteção de toda a operação.

4º Adote mecanismos de autenticação forte e criptografia 

Autenticação forte — como MFA, senhas robustas e políticas de renovação — garante que somente pessoas autorizadas acessem informações sensíveis. 
A criptografia complementa essa proteção ao impedir que dados sejam lidos em caso de acesso indevido ou interceptação. 
São medidas simples, mas extremamente eficazes para empresas em qualquer fase de maturidade. 

5. Monitore continuamente e aprimore processos 

Segurança não é um projeto com início e fim — é um processo contínuo de ajuste. Monitorar atividades, revisar políticas, acompanhar alertas e mapear vulnerabilidades permite identificar comportamentos anômalos antes que se tornem incidentes. 
Com o tempo, essa prática cria uma cultura preventiva, capaz de acompanhar a evolução das ameaças e das demandas do negócio. 


A segurança da informação é hoje um dos pilares mais importantes para garantir a continuidade e o crescimento saudável de qualquer empresa. Com o avanço da mobilidade corporativa, trabalhar sem políticas e sem ferramentas de governança é um risco que nenhuma organização pode assumir. 

Se sua empresa quer evoluir nessa jornada, o primeiro passo é entender como criar uma base sólida de proteção. 

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